Pela 1ª vez na história, o Brasil conquistou uma estatueta do Oscar, a maior premiação do cinema, que aconteceu neste domingo (02), em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O filme “Ainda Estou Aqui” venceu a categoria “Melhor Filme Estrangeiro“, para a alegria dos brasileiros, que fizeram festa por todo o país.

O diretor do longa, Walter Salles, subiu ao palco para pegar a estatueta das mãos da atriz Penélope Cruz, e, em seu discurso, fez questão de dedicar o prêmio à Eunice Paiva, a mulher que inspirou o filme. Além disso, o cineasta brasileiro ainda exaltou as atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro por terem interpretado Eunice nas telonas..

“Esse prêmio vai para uma mulher, que durante uma perda sofrida em um regime autoritário, decidiu não se curvar e resistir. Então, esse prêmio vai para ela. O nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as duas mulheres incríveis que interpretaram ela, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. E vai às duas mulheres extraordinárias que deram vida a ela, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, afirmou o diretor.

“Ainda Estou Aqui” concorreu em outras duas categorias: “Melhor Atriz” e “Melhor Filme”. Porém, a categoria “Melhor Atriz” foi vencida pela jovem Mikey Madison pela atuação em “Anora”, longa que também levou o prêmio de “Melhor Filme” e se tornou a grande surpresa da noite em Hollywood.

A campanha do filme “Ainda Estou Aqui” se tornou um verdadeiro fenômeno por todo o Brasil, com direito a “memes”, fantasias de Carnaval e até “bonecos de Olinda” com a imagem da atriz Fernanda Torres os brasileiros fizeram. O clima foi de “final de Copa do Mundo”. A atriz, sempre carismática, esteve em diversos programas norte-americanos para divulgar o filme, que se tornou cada vez mais popular.

A vitória de “Ainda Estou Aqui” tem sido vista como uma espécie de “reparação história”, já que em 1999, Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, foi ao Oscar concorrer pela categoria “Melhor Atriz”, pelo filme “Central do Brasil”, mas perdeu o prêmio para Gwyneth Paltrow, por sua atuação no filme “Shakespeare Apaixonado”. Até hoje, os brasileiros amargavam a derrota como uma grande injustiça da academia.