Após serem eleitos para o exercício do cargo de vereador por quatro anos, muitos abandonam o mandato optando por um cargo de secretário em prefeituras. Esta prática vem sendo uma constante entre prefeitos e vereadores, em quase todos os municípios brasileiros.
Para alguns analistas políticos, a não existência na Legislação Eleitoral de normas que possa evitar tais permutas, que no entendimento de muitos já começa a soar como falsidade ideológica praticada por esses agentes político que abandonam o mandato após serem diplomados e empossados, vem dando margem a interpretações duvidosas tendenciando a ilegalidade e imoralidade dentro da política eletiva.
Deve ser no mínimo constrangedor se não frustrante para um eleitor, votar e pedir votos para eleger um indivíduo para vereador, saber em seguida que aquele a quem ajudou a eleger já não está no exercio do cargo defendendo seus interesses e os da população, e sim os interesses apenas de prefeitos.
O entendimento de muitos é que, caso um vereador decidisse ocupar um cargo no Executivo de sua cidade na condição de secretário municipal, teria que renunciar o mandato em definitivo. Pois o mesmo foi eleito para o cargo de vereador e não para o de secretário.
Acredita-se que a partir dos próximos pleitos, a nossa Justiça Eleitoral já tenha encontrado um entendimento jurídico, capaz de servir como solução para esse tipo de caso, dissipando do psiquismo do eleitorado brasileiro qualquer suspeita de conluio ou jogo de interesses escusos, que possa estar acontecendo entre prefeitos e vereadores, no âmbito da política eletiva brasileira.
Estamos tratando aqui apenas desses possíveis "vícios" em relação ao ente federativo Município. Mas essa prática estranha ao entendimento do cidadão comum, tem abrangência aos também entes federativos Estado e União.
Para o momento o que resta para o eleitor, é procurar saber do seu candidato quando ele estiver em campanha, o que na verdade ele quer ser caso venha ser eleito. Do contrário, poderá vir a perder o seu voto.
Petrônio Avelino