Levados pelo "espírito" quase sacro-santo pascal, políticos que trabalham seus mandatos com bases no assistencialismo barato e no clientelismo de massa, aproveitam o período quaresmal para melhorar suas imagens junto aos mais necessitados, distribuindo kits "bondade" à mãos cheias.
Esta prática constante no mundo da política, principalmente por aqueles que se elegem graças a troca de favores, cria uma cumplicidade entre políticos e eleitores, prejudicando em parte o sentido de voto livre e consciente, passando a ter aspectos de ilegalidade segundo a Legislação Eleitoral, caso a origem dos gastos com estes tais kits tidos como "beneficentes", tenha saido dos cofres públicos.
São toneladas e mais toneladas de produtos apreciado durante o período tido como "semana santa", distribuídos por agentes políticos em várias localidades e situações, dos quais pouco se sabe o valor gasto em moeda corrente. Independente da "boa" vontade dos prodigalizadores, se a aquisição foi com dinheiro do povo, tem que haver prestação de contas.
Claro que ninguém vai proibir alguém de doar algo a outrem. Mas se tratando de políticos no exercício de mandatos, a coisa tem uma conotação diferente. Podendo caracterizar cooptação de votos, através de troca de favores.
"Não só de peixe e coco vive o homem", disseram alhures.
Petrônio Avelino